domingo, 15 de maio de 2011


Já naveguei por tantos mares, já explorei tantos horizontes, já enfrentei tantas guerras que mal consigo me recordar de toda a minha trajetória. Viajei por terras áridas, por florestas tropicais de chuva intensa, por desertos de gêlo e cidades fantasmas. Conheci todos os tipos de clima, e lugares suficientes pra saber discernir o bonito e o feio, o bom e o mal, o luxo e o lixo.

E continuo a navegar. Sozinho, em meu barco de papel. Com as mãos calejadas e o coração remendado. Enfrentando tempestades, me desdobrando para que minha embarcação não afunde. Afim de encontrar um sinal que me indique um porto seguro, onde eu possa ancorar em paz e a salvo essa tripulação de um homem só... aonde eu possa, enfim, descansar, dormir e acordar ao lado de alguém que segure a minha mão e me ajude a começar a escrever o mais belo romance.

(...)

Que o meu castelo seja de areia, que o meu barco seja de papel, que os dragões sejam moinhos de vento... mas que os sentimentos sejam tão verdadeiros, a ponto de serem concretos.

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